Ah! Que bela casa! Revirando tudo, modificando, tumultuando. Com se fosse um vendaval, passando, levando. Contorcendo a estrada, os muros, os nossos quintais! Espantando até os sabiás! E quantos sabiás... Que me vieram a cantar em minha janela, em meus sonhos e em cada amanhecer de meu despertar. Derramando a água, empurrando as roupas no varal. Arrastando tudo como se fosse um furacão, um arrastão. Vi tudo bagunçado, fora do lugar! E agora estou arrumando, limpando. Mas... Nada poderá ser como antes. Há vasos quebrados, quadros deformados. Trincas nas paredes, as cores já mudaram! Porém bagunçada, precisando ser reformada. Que arrastão! Que situação! Depois que tudo passa fica sempre o pior! O melhor foi-se embora... E nada a lembrar! O trabalho de pôr tudo novamente no lugar. E como dói ter que jogar fora. Coisas que antes estavam intactas. Coisas que tanto nos acalentava. Coisas que nos fazia feliz só de ver, de ler, de ouvir. Remover estilhaços, fragmentos. Que às vezes chega a cortar! Todo cuidado é pouco! Mas é preciso arrumar... Esperar não vale a pena. É preciso mudar! Igual a antes sei que nunca mais vai ficar. Pode ser que piore e muito ou pode ser até melhorar! Mas como era! Sei que jamais será...
Ah! Que bela casa!
ResponderExcluirRevirando tudo, modificando, tumultuando.
Com se fosse um vendaval, passando, levando.
Contorcendo a estrada, os muros, os nossos quintais!
Espantando até os sabiás! E quantos sabiás... Que me vieram a cantar em minha janela, em meus sonhos e em cada amanhecer de meu despertar.
Derramando a água, empurrando as roupas no varal.
Arrastando tudo como se fosse um furacão, um arrastão.
Vi tudo bagunçado, fora do lugar!
E agora estou arrumando, limpando.
Mas... Nada poderá ser como antes.
Há vasos quebrados, quadros deformados.
Trincas nas paredes, as cores já mudaram!
Porém bagunçada, precisando ser reformada.
Que arrastão! Que situação!
Depois que tudo passa fica sempre o pior!
O melhor foi-se embora... E nada a lembrar!
O trabalho de pôr tudo novamente no lugar.
E como dói ter que jogar fora.
Coisas que antes estavam intactas.
Coisas que tanto nos acalentava.
Coisas que nos fazia feliz só de ver, de ler, de ouvir.
Remover estilhaços, fragmentos.
Que às vezes chega a cortar!
Todo cuidado é pouco!
Mas é preciso arrumar...
Esperar não vale a pena.
É preciso mudar!
Igual a antes sei que nunca mais vai ficar.
Pode ser que piore e muito ou pode ser até melhorar!
Mas como era!
Sei que jamais será...