Fecho os olhos de saudades; quando penso nos tempos de outrora.
Passam dias e meses a fio. E o meu canto está gelado e frio. Tenho visto muita coisa, menos a felicidade!
Soltam-se os meus dedos ristes, dos sonhos claros que invento. Nem aquilo que imagino, já me dá contentamento.
Tua presença me aquece e me acalma. Tua companhia me acalanta a alma. E na saudade o peito implora.
Vamos a passos e de longe; entre nós dois anda o mundo, com alguns mortos pelo fundo. As aves trazem mentiras. Por mais que alargue as pupilas, mais dúvidas se alardiam, neste tempo que se anuvia.
O tempo passa depressa. E com ele passam os fatos. Na esperança que antes clamava em sua teogonia.
Também não pretendo nada. Senão ir andando à toa, como um número que se arma e em seguida se esboroa, - e cair no mesmo poço. De inércia e de esquecimento, onde o fim do tempo soma pedras, águas e pensamentos...
A minha palavra é pelo sabor que tu impuseste: mesmo quando linda, estais amargas. Como qualquer fruto agreste. Mesmo assim amarga! É tudo o que tenho, entre o sol e o vento: Minha roupa, minha música, meu sonho e meu alimento.
E nesta saudade o peito implora. A saudade de vívidos tempos. De dor e agonia do ausente. E que a ausência não dá paz. Num anseio que no peito aflora. Neste desejo de te ver que me devora.
Fecho os olhos de saudades;
ResponderExcluirquando penso nos tempos de outrora.
Passam dias e meses a fio.
E o meu canto está gelado e frio.
Tenho visto muita coisa,
menos a felicidade!
Soltam-se os meus dedos ristes,
dos sonhos claros que invento.
Nem aquilo que imagino,
já me dá contentamento.
Tua presença me aquece e me acalma.
Tua companhia me acalanta a alma.
E na saudade o peito implora.
Vamos a passos e de longe;
entre nós dois anda o mundo,
com alguns mortos pelo fundo.
As aves trazem mentiras.
Por mais que alargue as pupilas,
mais dúvidas se alardiam, neste tempo que se anuvia.
O tempo passa depressa.
E com ele passam os fatos.
Na esperança que antes clamava em sua teogonia.
Também não pretendo nada.
Senão ir andando à toa,
como um número que se arma
e em seguida se esboroa,
- e cair no mesmo poço.
De inércia e de esquecimento,
onde o fim do tempo soma
pedras, águas e pensamentos...
A minha palavra é
pelo sabor que tu impuseste:
mesmo quando linda, estais amargas.
Como qualquer fruto agreste.
Mesmo assim amarga!
É tudo o que tenho, entre o sol e o vento:
Minha roupa, minha música, meu sonho e meu alimento.
E nesta saudade o peito implora.
A saudade de vívidos tempos.
De dor e agonia do ausente.
E que a ausência não dá paz.
Num anseio que no peito aflora.
Neste desejo de te ver que me devora.